segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã.

Talvez um dia todos compreendamos o significado deste dia. A sua ressurreição foi feita para o reino de Deus, reino esse onde todos ambicionamos chegar para jamais voltar.

Dentro de uma vida existem várias fases, fases de desespero, tristeza,sofrimento, mas também fazes de amor, felicidade, êxtase. Em todas elas não devemos esquecer quem nos acompanha, nos carrega nos guia,jamais devemos perder a fé, pois ela nada somos.

Numa altura tão importante para os cristãos, judeus, e outras religiões, não devemos esquecer os ensinamentos de Jesus Cristo. Devemos-nos preocupar realmente com o importante, e jamais por de lado o amor ao próximo, a vontade de ajudar quem precisa.

Numa altura tão conturbada devemos escutar a nossa fé e praticá-la.....

domingo, 10 de abril de 2011

OGUM ao serviço de JESUS


Ogum é a vontade, os caminhos abertos, a energia propulsora da conquista, o impulso da ação, da

vontade, o poder da fé, a força inicial para que haja a transformação. É o ponto de partida, aquele que está à frente. É a vida em sua plenitude, a vitalidade ferrosa contida no sangue que corre nas veias, a manutenção da vida, a generosidade e a docilidade, a franqueza, a elegância e a liderança.

A energia oriunda da vibração de Ogum pode ser percebida claramente nestas palavras de Jesus:
“A tua fé te curou” (como a imposição das mãos, Ele acionou o poder da vontade de mudar de atitudes e pensamentos).

“Pedi e recebereis! Buscai e achareis! Porque todo aquele que pede,recebe!” , demonstrando que Deus nos dotou de inteligência e capacidade para que superemos nossas dificuldades, recomendando-nos o trabalho, a atividade e o esforço próprio.

Precisamos aprender a pedir, pois costumamos exigir soluções rápidas e eficazes para problemas de ordem material.

Estamos sempre correndo contra o relógio e perdidos entre compromissos assumidos, os quais muitas vezes extrapolam nossa capacidade de cumprir.

Esquecemos de cuidar de nossos sentimentos, de ir ao encontro do que nos realiza e nos dá satisfação interior, das coisas simples da vida.

Se acreditamos em reencarnação, então sabemos que tudo aqui é transitório, que estamos na Terra para evoluir em espírito, para superar a nós mesmos.

O “pedir”, colocado aqui, é no sentido de “receber” da Providência Divina o ânimo, a coragem, as boas idéias, a fim de que possamos crescer e adquirir a paciência necessária para lidar com as nossas imperfeições e com as dos outros.

Cada problema contém em si próprio a solução. Tudo está certo como está, pois tudo tem o seu tempo para mudar, crescer e amadurecer.

Aquilo que não nos cabe resolver “agora”, confiemos em Deus, pois quando estivermos prontos para compreender, tudo se resolverá. Devemos dar o melhor de nós, com ânimo, entusiasmo e confiança, agradecendo a oportunidade da vida.

Ogum representa, portanto, o caminho que precisamos percorrer, aquele caminho solitário para vencer os dragões internos que, na verdade, é o espírito em busca de si mesmo; percorrer o caminho de volta à unicidade com o Pai.

(Fonte: Umbanda Pé no Chão, pelo Espírito Ramatis – Médium: Norberto Peixoto).

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O que significa ser Umbandista



A Umbanda do Brasil representa uma união de esforços colectivos visando a unidade espiritual e por isso abarca a todos indistintamente, não perguntando o que a pessoa crê ou pode doar mas sim apenas o que a pessoa precisa para ser feliz, e apontando os caminhos para ela alcançar esse fim já que a realização humana é uma conquista individual mas contagiante tendo em vista que a humanidade evolui em grupo . É portanto uma ideologia da esperança no trabalho regenerador, que engloba em suas formas ritualísticas os elementos de todas culturas formadoras do povo brasileiro. E com esse seu ecletismo faz renascer a chama dos ideais iluministas abrindo a mente das pessoas para despertar seu potencial natural e estimulando a convivência pacifica, tolerância e convergência, como elementos vivos nas representações básicas de:

Liberdade – representada pela figura ritualística do indígena incorporada sob a forma de caboclo brasileiro. E assim também os ritos umbandistas não tem uma estrutura rígida pois cada casa trabalha enfatizando suas afinidades maiores enquanto grupo ou as chamadas raízes, que reflectem mais a cultura do europeu colonizador branco, do nativo vermelho, ou ainda do negro inserido durante o processo escravagista e hoje tão presente na cultura geral.

Igualdade – representada pela figura dos humildes pretos e pretas velhas que trazem todo peso da tradição africana e a sabedoria adquirida por meio da experimentação. Assim também nos ritos de Umbanda todos os médium na qualidade de intermediários, inclusive os dirigentes, presidentes de tendas ou babalorixás, se nivelam em importância haja vista que a direcção efectiva de todo templo de Umbanda é efectuada pelas entidades espirituais com base em códigos éticos compatíveis com o nível evolutivo da sociedade, e ainda graduadamente impulsionando as pessoas para um maior despertar consciencial ou iluminação.

Fraternidade – representada pela figura das crianças de Umbanda, os puros ou verdadeiros e amorosos, que nos unem em torno de um ideal maior de amor fraterno. E assim também todas unidades terreiro da Umbanda foram se cooperando em organizações solidárias que defendem seus direitos garantindo maior representatividade na sociedade, ecoando a voz dos antes excluídos pelo capitalismo selvagem que privilegia os interesses da elite dominante.

A Umbanda com essa filosofia inclusiva actua como niveladora social onde elementos das diversas classes se unem em harmonia cultuando os ancestrais comuns dos povo brasileiro, e todo seu panteão divino e directivo sob formas que variam de santos católicos, até deuses indígenas e Orixás Africanos, com maior ênfase doutrinária segundo as afinidades da linha mestre de trabalho da casa.

Por fim lembramos do mais controverso personagem dessa saga umbandista, o chamado Exu que como elemento dinâmico representa para o homem moderno, sua capacidade de ascensão e mobilidade social, trazendo ainda à tona a voz reprimida das massas, e expondo do complexo humano seus instintos básicos de sobrevivência que libertos são convertidos em energia criativa. E completando essa representação antagónico mas complementar, enquanto que outras formas ritualísticas se relacionam a infância, maturidade ou senilidade, Exu vem trazendo uma forte relação com o conceito da morte e suas implicações quanto a aplicação da justiça e meritocracia já que a lei da acção e reacção é para todos no reino natural.

Eduardo Parra ( Frater YaBhaktiSwara )

domingo, 3 de abril de 2011

TODOS IGUAIS EMBORA SENDO TODOS DIFERENTES


No meio das actividades espírito-materiais nos terreiros de Umbanda que pregam a igualdade, a fraternidade, o amor , um facto, dentre de muitos, nos chama à atenção. Por isso mesmo, merece uma análise mais profunda e esclarecedora por parte daqueles que querem ver a Umbanda mais forte e coesa. A Umbanda, assim como outros agrupamentos religiosos, é formada por pessoas das mais diferentes classes económico-sociais e étnicas, que formam o que se denomina de meio religioso intercorrente. Também é de conhecimento geral que, não obstante as pessoas terem profissões ou ofícios diferentes, todos deverão estar ali, naquele espaço, imbuídas da mesma finalidade: auxílio espiritual e material aos necessitados. Faz-se então necessário traçar uma linha divisória entre o status que algumas pessoas possam ter em sociedade e o trabalho espiritual exercido pelas mesmas. Todos, independentemente dos títulos honoríficos ou profissionais que possam ter, deverão estar irmanados com aqueles que não puderam alcançar um estágio intelectual ou cultural mais elevado, no sentido de, juntos, poderem dar a sua cota de sacrifício em prol da Umbanda. Com muito pesar, observamos que algumas pessoas ainda julgam a existência da bondade e do altruísmo pela riqueza material ou intelectual que alguns detêm. Não que bens ou cultura sejam nocivos; muito pelo contrário, se bem utilizados, são de grande valia para o progresso da humanidade. Referimo-nos a médiuns que tratam de maneira diferente abastados e pobres; que tratam com pompa os que possuem títulos, desprezando aqueles que possuem quando muito a primeira classe; que dão atenção e mantém diálogos sómente com aqueles que têm automóvel novo e sucesso econômico. A soberba, a vaidade, o orgulho, a ganância, o egocentrismo e a ambição doentia não deixam ver a estas pessoas que o que importa na Umbanda é o SER, será dizer, ser honesto, ser dedicado à religião, ser simples, ser humilde, e não o TER, ter títulos profissionais, carrões último modelo, mansões sumptuosas, e um belo saldo bancário. A religião jamais poderá ser utilizada como ferramenta de projecção social, bem como em complemento de sucesso profissional. A Umbanda, esta elevada religião, foi criada no plano astral trazendo como carro-chefe os espíritos de índios e negros, duas das raças mais martirizadas do globo terrestre, e que, em última análise, representam a humildade, a dignidade, a sinceridade e o alto grau de espiritualidade, sentimentos e virtudes ainda ausentes em muitos corações. Na Umbanda não há lugar para ostentações terrenas, não há lugar para títulos materiais, tanto para espíritos quanto para médiuns e assistentes. Na Umbanda não se manifestam espíritos com o rótulo de "doutores" ou "mestres", mas sim os esforçados e trabalhadores Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças etc. que, seguindo as directrizes da espiritualidade superior, não medem esforços no sentido de auxiliarem os habitantes da Terra, encarnados ou não, a progredirem espiritualmente. Que esta simples dissertação possa de alguma forma contribuir para que alguns irmãos umbandistas, ainda impressionados com títulos e posses terrenos, alcancem o verdadeiro sentido da palavra IGUALDADE, e assim colaborem para que cada vez mais a Umbanda possa se tornar, não uma religião de ricos e pobres; de doutores e proletários, mas sim em segmento religioso de irmãos, unidos por laços de amor e fraternidade.

VOCÊ É UMBANDISTA ?

Uma das questões de relevância dentro da comunidade umbandista diz respeito a se apontar, dentro de um raciocínio aplicável, a consciência do ser humano, se determinadas pessoas podem ser consideradas, de facto e de direito, como filhos da Corrente Astral de Umbanda. Não queremos de forma alguma aplicar fórmulas matemáticas aos aspectos humanos, pois entendemos que cada um, dentro de seu estágio evolucional, tem uma maneira própria de se situar naquilo que conhece como religião, uma vez que os espíritos encarnados encontram-se em diferentes degraus da escala espírito-progressiva. No entanto, é certo e racional que firmemos parâmetros básicos que possam nortear uma definição, se não perfeita, pelo menos razoável, no que diz respeito a ser ou não ser considerado umbandista. Tais considerações racima referidas prendem-se ao facto de que, ao vivenciarmos o Movimento Umbandista, nos deparamos com situações (actos e factos) que nos impulsionam a repelir determinadas formas de pensamento e comportamento, incompatíveis com os fundamentos da Umbanda Será umbandista aquele indivíduo que faz caridade vinculada a favores posteriores, ou aquele que se promove para um lugar de destaque, promovendo o "toma lá, dá cá" ? Será que pode ser considerado umbandista aquele que é cúmplice da escravidão religiosa, não esclarecendo aos enclausurados que só o conhecimento os libertará dos vendilhões do templo ? Será que é considerado umbandista o indivíduo que se omite diante do comportamento distorcido de um irmão de fé, não o auxiliando a desprender-se de certos conceitos prejudiciais a sua evolução ? Será que é umbandista aquele que, ao observar um irmão de fé com faculdades espirituais, morais, intelectuais e culturais que possam ser úteis para o progresso da Umbanda, ao invés de incentivá-lo a prosseguir, trata sorrateiramente de lhe "puxar o tapete" , com medo que sua imagem fique ofuscada, ou por inveja ? Será que é umbandista aquele que valoriza as pessoas pelos títulos profissionais ou honoríficos e pelos bens que estas possuem, deixando em segundo plano os valores morais, éticos e espirituais ? Será que é considerado umbandista o indivíduo que ganha notoriedade num templo através de conchavos, ou através da mostra do saldo de sua conta bancária, e que tenta a todo o custo ser o centro das atenções. Será que tudo o que foi escrito até agora servirá de alerta e conselho, para que se regenerem e possam engrossar as fileiras dos verdadeiros filhos de Umbanda? Esperamos que sim.


Retirado de:http://paipedrodeogum.blogs.sapo.pt/

Axé Pai Pedro